segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Há pessoas que conseguem verbalizar aquilo que penso e sinto

Esta mão que foi feita para te trazer um futuro, esta que está ferida e precisa do teu toque para sarar. Esta mão que te procura à noite e se acalma assim que pousa no teu peito, assim que alcança o teu lado esquerdo, aquele que tem lá dentro uma porta aberta para o lar que eu quero habitar. Toma esta mão que se estende a cada queda para te erguer de novo e que tu elevas até ao maior dos sonhos. Toma também a minha outra mão, esta que tem cravados os espinhos das rosas que colhi para te oferecer esta manhã. Tenho ambas as mãos feridas, mas contigo elas são capazes de amparar, de embalar, de alimentar, de construir, de escrever, de transformar… estas mãos que acenam e se alegram à tua chegada, que se entrelaçam nas tuas em gestos de simpatia.
Tomas as minhas mãos, segura-as. Firme. Não as deixes cair e uma onda de felicidade atingirá todo o teu corpo. Acredita quando digo que sentirás uma alegria em forma de espuma nos pés, como no dia em que caminhámos junto ao mar. Toma estas mãos que exprimem o que trago no olhar, no sorriso e no coração. Sente as minhas mãos e o teu contentamento não será em forma de grãos de areia. Toma estas mãos que têm tatuadas em tinta invisível a audácia para te desafiar, a coragem e a vontade de te fazer feliz. Toma estas mãos que te querem falar de amor.

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